Os primeiros exemplares de flautas Xiao, que guardavam semelhanças com as versões atuais, datam da dinastia Han (206 a.C. – 220 d.C.), o que representa um período cerca de 500 anos anterior às primeiras flautas Pueblo das Américas. No Museu de Nanjing, é possível encontrar uma estatueta de argila retratando um músico tocando o Xiao, datando do período Han. Acredita-se que essas flautas tenham sido inicialmente importadas da cultura Qiang, situada no noroeste da província de Sichuan, também conhecida como Szechwan, uma região que fazia parte da Rota da Seda. Os comerciantes que percorriam essa rota frequentemente carregavam consigo flautas, e isso possivelmente as tornou um dos itens de comércio da época.
É importante notar que esses primeiros modelos de Xiao não apresentavam a mesma disposição de furos e o mesmo número de furos que encontramos nas versões atuais. A padronização do número e da disposição dos furos ocorreu apenas durante a dinastia Jin (265-420 d.C.). Além disso, essas flautas primitivas possuíam diferentes designações, sendo uma delas o termo “shudi” ou “shuúzhúdi,” que pode ser traduzido literalmente como “flauta vertical de bambu.”
Antes da dinastia Tang (618-907 d.C.), qualquer flauta feita a partir de um único tubo era comumente denominada “di”. O termo “xiao” era reservado para designar um conjunto de tubos unidos de forma semelhante a uma flauta de pã. À medida que a dinastia Tang avançava, a flauta transversal ganhava crescente popularidade, e, a partir desse ponto, o nome “di” passou a ser associado principalmente às flautas transversais. Enquanto isso, o termo “xiao” começou a ser usado para descrever uma flauta vertical, e a flauta de pã chinesa passou a ser chamada de “paixiao,” que pode ser traduzido como “linha de xiao”. Mas, foi somente durante a dinastia Ming (1368-1644) que o nome “xiao” se estabeleceu como a designação padrão para o instrumento específico que temos atualmente.
Variações do xiao incluem o qinxiao, que é uma versão mais estreita, e a versão mais curta e gorda do sul, chamada nanyin dongxiao (“flauta entalhada com som do sul”) ou nanxiao, de Fujian e Taiwan, que foi importada para o Japão no século XIV e mais tarde se tornou o Shakuhachi.
Tradicionalmente, os xiaos são usados como instrumento solo ou combinados com um guqin, uma cítara chinesa. O som do xiao é rico e suave como uma flauta Pueblo (Anasazi), mas mais suave, com menos ruído de vento e ar. Xiaos também pode tocar duas oitavas. Texto original de Scott August, um mestre na arte de tocar a flauta Xiao e as flautas Pueblo, saiba mais aqui.
Elaine Cristina Silva (comprador verificado) –
Além de linda e com esse designer impecável (bem como todas as demais que já adquiri aqui),peculiar e autêntico do bambu natural com seus nós se evidenciando ,na forma como foi concebido pela natureza…o som dela me fez parar como se eu pudesse me projetar fora desse lapso temporal, onde não existe a divisão do passado,presente ou futuro,onde apenas se É …me fez querer mergulhar no silencio pra buscar compreender o que ela está me ensinando…é de uma profundidade inexplicável por palavras…só quem consegue se conectar com o silencio interior se torna capaz de apreciar a beleza e profundidade desse instrumento.Ameeeiiii e com certeza ela me ensinará muuito sobre mim mesma.Gratidão mais uma vez por esse trabalho delicado e impecável Ralph.